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Caminhões pipa têm sido usados no Extremo Oeste para atender demanda por água | Foto: Antonio Carlos Mafalda/Especial/Secom 


A chuva registrada em Santa Catarina durante o mês de fevereiro ficou em taxas mais próximas da média histórica do que nos meses anteriores. Ou seja, o déficit de chuva foi menor. Mesmo assim, a precipitação ficou abaixo do esperado mensalmente em quase todo o território catarinense conforme o Boletim Hidrometeorológico, divulgado pelo Governo do Estado. Com isso, os efeitos da estiagem se intensificaram em algumas áreas, dado os vários meses com déficit hídrico. A região mais afetada é a Oeste, embora praticamente todo o estado sinta os efeitos da seca.

Grande parte de Santa Catarina registrou precipitação entre 50 e 150 mm em fevereiro. Os maiores valores foram observados no Extremo Oeste, onde praticamente metade da região apresentou precipitação entre 150 e 200 mm. Pontualmente, estes valores também foram observados no Litoral Sul, Planalto Sul e Meio-Oeste. A maior parte da precipitação registrada em Santa Catarina no mês foi provocada por temporais isolados, ocasionados pela combinação de calor, umidade e instabilidades em vários níveis atmosféricos.

Nota-se que a precipitação ficou abaixo da média climatológica no restante do estado, com exceção de parte da divisa com a Argentina, onde a chuva ficou até 60 mm acima da média. As anomalias negativas mais intensas ocorreram na faixa leste de SC (Litoral Norte, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Litoral Sul). Nessa área a chuva registrada ficou entre 120 e 240 mm abaixo do esperado. Na porção Oeste e em grande parte dos planaltos, as anomalias negativas não foram tão intensas, com valores de 0 a 120 mm abaixo do esperado para o mês.

A previsão para o trimestre entre março e maio de 2022, de uma forma geral, é de que a chuva permaneça abaixo da média em Santa Catarina. No entanto, na primeira quinzena de março a expectativa é de chuva mais frequente para as áreas do Centro e do Leste.

boletim marco

Índice de Seca

Entre os dados divulgados pelo Boletim Hidrometeorológico também está a classificação da estiagem que atinge o estado de acordo com o Índice Integrado de Seca (IIS), que leva em consideração tanto as condições dos rios, a água disponível no solo e o efeito da falta de chuva na vegetação. Conforme os dados desta edição do Boletim, dos 295 municípios, seis estão em condição normal diante da estiagem, 18 enfrentam seca fraca, 70 seca moderada, 129 estão em condição de seca severa, 70 tem registro de seca extrema e dois apresentaram índice de seca excepcional.

As áreas que concentram a maioria das cidades com os índices mais graves são o Extremo Oeste e o Oeste, onde estão localizados Bom Jesus do Oeste e Jupiá. O novo resultado também aponta um acréscimo significativo no número locais em seca extrema - na última edição do Boletim, de 18 de fevereiro, foram 33 classificados em seca extrema Nenhum município havia atingido o nível de seca excepcional no documento anterior.

O presidente da Aresc, João Carlos Grando, reforça que o órgão regulador continua auxiliando no monitoramento, com atenção especial às regiões Oeste e Extremo Oeste. "Com o contexto preocupante em que a estiagem coloca essas regiões, agora mais do que nunca, torna-se extremamente necessário auxílio da população através de atitudes conscientes quanto ao consumo de água", explica.

Longa duração

A estiagem já se estende por quase três anos em Santa Catarina. “Dado esse contexto, estamos trabalhando em ações de curto, médio e longo prazo”, explica o secretário executivo do Meio Ambiente, Leonardo Porto Ferreira. Ele explica que, especialmente por meio de parcerias com a Casan e de investimentos destinados à agricultura, o Governo do Estado tem atuado para mitigar os efeitos da seca. “Na Sema, temos trabalhado junto aos Comitês de Bacias Hidrográficas para fomentar ações de conscientização acerca da necessidade de regularização dos usuários de recursos hídricos, preservação de nascentes e elaboração de Planos de Recursos Hídricos para todas as Bacias Hidrográficas do Estado”, lembrou.

Abastecimento urbano

Em relação ao abastecimento urbano, 244 municípios atualizaram a situação junto às agências reguladoras e consórcios intermunicipais. Desses, 149 estão com o abastecimento normal, 58 estão em estado de atenção, 23 em alerta e 14 em estado crítico. Isso representa um acréscimo no número de municípios que tiveram o abastecimento urbano afetado, de alguma forma, pela seca, embora o número de cidades em situação crítica tenha reduzido um pouco. Em 18 de fevereiro, dos 159 municípios que haviam atualizado os dados, 157 estavam em situação normal, 75 em atenção, nove em alerta e 18 em estado crítico.

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