O 13º Boletim Hidrometeorológico do Estado divulgado nesta última quarta-feira, 18, pela Secretaria Executiva do Meio Ambiente (SEMA), integrada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE), apontou intenso agravamento da situação de estiagem em Santa Catarina, em especial entre a porção Oeste e Planalto Sul do Estado, onde ocorreram baixos volumes de precipitação em comparação com a média histórica.

Na análise da situação do abastecimento público, dos 295 municípios catarinenses, 143 permanecem em condição de normalidade; 83 em estado de atenção; 28 em alerta; e 25 em estado crítico frente a estiagem, ou seja, são 15 municípios a mais em relação ao boletim anterior.

Este resultado representou considerável piora em comparação com o observado no boletim anterior, especialmente na avaliação das cidades em situação crítica, que passou de 10 para 25 cidades nesta condição ao longo da última quinzena.

“A estiagem volta a se agravar no Estado. O governo segue trabalhando nas ações necessárias de mobilizações e medidas de mitigação no sentido de reduzir os impactos da estiagem. Pedimos o uso racional e consciente por parte dos usuários de recursos hídricos e da população de modo geral, com especial atenção até que sejam atualizadas as informações novamente”, destaca o Diretor de Recursos Hídricos e Saneamento da SEMA, Leonardo Ferreira.

Avaliação Índice Integrado de Secas

Como novidade neste boletim, agregou-se a avaliação do índice integrado de seca (ISS), que identifica as áreas e as classifica por intensidade: seca fraca (S0) até seca excepcional (S4), indicando como a seca e o déficit de umidade têm impactos sociais, ambientais ou econômicos ao longo do tempo.

Esta análise apontou 56 municípios em seca grave, 72 em extrema e, ainda, 11 cidades em condição excepcional.

O índice Integrado de Secas também apontou que os baixos volumes de chuva no mês de outubro, caracterizado climatologicamente como um mês de elevados volumes de precipitação para Santa Catarina, resultaram no avanço de seca grave para quase toda o estado, com impactos de curto e longo prazo.

“Nós continuaremos monitorando a situação nos municípios e acompanhando as medidas previstas nos planos de ações emergenciais das concessionárias. Com a temporada de verão se aproximando a preocupação aumenta ainda mais em função dos mananciais não estarem recarregados para atender esse incremento populacional que vai chegar”, observa a Gerente de Saneamento Básico da Aresc, Luiza Burgardt.

Tendência de poucas chuvas

Quanto à previsão do tempo, a expectativa para a próxima semana é de poucas chuvas, com volume superior na região centro-leste. Na semana seguinte espera-se chuva um pouco melhor distribuída e com volumes mais significativos. Contudo, essa chuva ainda não será suficiente para reverter a situação de déficit hídrico já estabelecido em todo o território.

No entanto, tendo em vista a condição hidrológica dos cursos d’água permanecendo com déficit hídrico, é possível indicar a permanência da estiagem prolongada no Estado de Santa Catarina. Em virtude da ausência de uma maior distribuição e volume de chuvas, tende a aumentar o número de municípios em estado de atenção, alerta e crítico.

O estudo de monitoramento, coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) em parceria com a Defesa Civil de Santa Catarina, Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (ARESC) e outras agências reguladoras do Estado, tem o objetivo de monitorar e divulgar a situação hídrica catarinense.

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