A nova tabela de cobrança tarifária da Casan será implementada em 1º de março. Os novos valores e conceitos foram definidos após todo um processo de estudo e revisão da estrutura tarifária realizado pela Aresc. O maior objetivo da nova tabela é estimular o usuário a consumir água de forma racional. Outros aspectos também levados em consideração foram a garantia do equilíbrio econômico e financeiro da prestadora de serviço e modicidade tarifária justa para quem paga a fatura.
A principal mudança na nova tabela é a extinção da taxa de volume mínimo de 10 metros cúbicos, que era de R$ 45,19. No lugar desse valor entra a Tarifa Fixa de Disponibilidade de Infraestrutura (TFDI) que é de R$ 29,49, e a partir disso, uma cobrança pelo consumo efetivamente apontado no hidrômetro.
A essa tarifa serão associados cálculos específicos por metro cúbico, que levam em conta o consumo real de cada imóvel. Entre 1 e 10 metros cúbicos, por exemplo, o valor é de R$ 1,96 por metro cúbico (a cada mil litros). E entre 11 e 25 metros cúbicos o valor passa para R$ 9,11 , conforme tabela abaixo.
Para quem consome até 8m³, a tarifa será reduzida. Mas quem consumir acima de 10 metros cúbicos vai pagar mais caro a partir de março, com acréscimos que podem chegar, no teto, a 10%.
Basicamente, 68% dos usuários utilizam o volume medido de até 10 m³.Ainda, de zero até 8 m³ estão concentrados 51% de toda a população residencial que atualmente é atendida pela concessionária estadual. Já, os 16% dos usuários serão incentivados a economizar para pagar uma fatura menos, uma vez que pagavam a taxa de consumo mínimo.
A nova estrutura irá beneficiar metade da população usuária do abastecimento de água prestado pela Casan, reforça a Gerente de Fiscalização de Saneamento Básico, Luiza B. Burgardt. “Antes as pessoas pagavam 10 m³ e não necessariamente utilizavam tudo. O novo modelo fará que elas sejam motivadas a fazer o uso consciente da água. Isso resulta na diminuição na pressão dos recursos hídricos aqui no nosso estado e menos desperdício”, enfatiza.