Entidades unem forças para monitorar Rio Itajaí Mirim
Mais um encontro para discutir a poluição do Rio Itajaí-Mirim aconteceu na tarde dessa quarta-feira (13) na sede do Semasa. A preocupação pela busca da recuperação da qualidade ambiental do Rio foi motivo para reunir representantes de entidades interessadas. O abastecimento de água do município de Itajaí, realizado pelo Semasa, vem sofrendo muito nos últimos anos com a poluição e piora na qualidade de água no Rio Mirim, principal manancial usado para o Sistema de Abastecimento do município.
Um primeiro encontro foi realizado no mês de outubro, onde ficou definido que serão realizadas reuniões mensais com o objetivo de traçar meios e ações para o monitoramento e consequentemente melhorias na qualidade do Rio. Nesse último que ocorreu ontem, representando a Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina, a Gerente de Fiscalização, Luiza Burgardt, apresentou às entidades presentes, o Programa Produtor de Águas, projeto em que a Agência é parceira. O projeto que é realizado na Bacia do Rio Camboriú consiste em recuperar as áreas degradadas, incluindo matas ciliares, áreas de nascentes, encostas ou outras áreas sensíveis, além da proteção de áreas conservadas. Conforme prevê o Programa, o proprietário recebe incentivo financeiro para que ele mantenha sua propriedade adequada e preservada para a produção de água.
Entre as entidades envolvidas em prol da recuperação do Rio Itajaí-Mirim, além da Aresc e Semasa estão, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Sustentável(SDS), o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), o Instituto Cidade Sustentável de Itajaí (ICS), a Polícia Militar Ambiental, o Samae de Brusque, a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Brusque (Fundema) e o Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-açu, por meio de sua representante do Porto de Itajaí
Entenda a situação do Rio Itajaí-Mirim
Monitoramento da Seamasa revela indícios de despejos ilegais de efluentes provenientes de indústria têxtil, que preocuparam os técnicos de saneamento em julho deste ano, motivando alterações na rotina de tratamento, como o aumento da dosagem de cloro. O problema que ultrapassou os limites municipais deu ensejo às propostas de união de forças entre as instituições de diferentes esferas.
Para embasar o alerta e o pedido de colaboração, a concessionária de serviço contratou um serviço de coleta e análise laboratorial de 12 pontos no rio, que foram feitos por quatro semanas durante os meses de agosto e setembro. Os parâmetros analisados foram fósforo total, pH, alcalinidade bicarbonatada, DQO, nitrogênio amoniacal, oxigênio consumido, sulfatos, sulfetos e sulfactantes. As anomalias observadas nos valores são um forte indicativo da ocorrência de lançamentos de esgotos domésticos e industriais.